DIOGO DE HARO E JOHANNA HIRSCHLER INICIAM A TURNÊ DO PROJETO “A MÁQUINA E O HUMANO: MÚSICA AO VIVO PARA O FILME METROPOLIS

O projeto é gratuito e será executado, com opção de libras e audiodescrição, em 10 cidades no interior de Santa Catarina, entre dias 02 e 13 de junho.

“A Máquina e o Humano – Música para o filme Metropolis” é um espetáculo musical criado por Diogo de Haro e executado em parceria com Johanna Hirschler para o filme alemão de 1927 dirigido por Fritz Lang. A turnê é totalmente gratuita, resultado da seleção no Programa de Integracão e Descentralizacão da Cultura – SC IDC, e está confirmada para acontecer entre dias 02 e 13 de junho, nos municípios de Santa Cecília, Fraiburgo, Capinzal, Joaçaba, Concórdia, Caçador, Treze Tílias, Videira, Rio do Sul e Blumenau, locais onde o drama expressionista de ficção científica, clássico do “cinema silencioso”, será exibido na íntegra, com duração de duas horas e meia, enquanto os músicos presentes interpretam sonoramente a narrativa do filme combinando música aos elementos de sonoplastia e efeitos sonoros.

Assista o teaser do projeto no link https://vimeo.com/713395235/bb36ccce13

Da mesma forma que a música intensifica a apreciação do enredo do filme, o filme facilita e direciona o acesso do público não familiarizado com músicas instrumentais, experimentais e de linguagens pós-tonais aos afetos evocados pelo discurso musical. Espera-se com “A Máquina e o Humano – Música para o filme Metropolis” a abertura dos ouvidos para a compreensão mais aprofundada da música instrumental viabilizando a familiaridade do público para linguagens musicais contemporâneas, ao mesmo tempo em que cria um ambiente transdisciplinar (música-cinema-performance) para uma apreciação renovada de um clássico que influenciou e foi referência a gerações de artistas no mundo todo.

O projeto também contempla um programa de acessibilidade, com direção de audiodescrição, recursos para pessoas cegas e com baixa visão, de Chico Faganello, da produtora Filmesquevoam, tradução e legendagem em português dos intertítulos que trazem os diálogos deste clássico do cinema mundial.

A Comunica, responsável pela realização da turnê, oferece como contrapartida uma transmissão do espetáculo no canal do YouTube Arteramatv, após o término da turnê. A transmissão está programada para o dia 17/06 às 20h00 e é gratuita e acessível a todos pelo link https://www.youtube.com/channel/UCC2lmXo-yC69VQ-GnqWJcAA.

PROGRAMAÇÃO DA TURNÊ

Entrada é gratuita, sujeita a lotação dos espaços.

 

  • Santa Cecília

02/06 às 19h00 no Auditório da Secretaria de Educação / Rua Jorge Lacerda, 363 – Centro

 

  • Fraiburgo

03/06 às 19h30 na Câmara de Vereadores / Avenida Lebon Régis, s\n – São José

 

  • Capinzal

06/06 às 19h00 no Auditório Dr. Vitor Almeida / Unoesc, Ac. Cidade Alta, 5330 – Capinzal

 

  • Joaçaba

07/06 às 19h30 no Teatro Alfredo Sigwalt / Rua Roberto Trompovski, 63 – Joaçaba

 

  • Concórdia

08/06 às 19h30 no Instituto Federal Catarinense – Campus Concórdia / Rodovia SC 283, s/n Fragosos

 

  • Caçador

09/06 às 19h00 na Casa da Cultura / Rua Curitibanos, 600 – Centro

 

  • Treze Tílias

10/06 às 19h00 no Centro de Eventos Maria Thaler Moser / Av. Antônio Carlos Altenburger – Centro

 

  • Videira

11/06 às 19h00 no Centro de Eventos Vitória / Rua XV de Novembro, 115 – Centro, Videira – SC, 89560-000

 

  • Rio do Sul

12/06 às 18h00 no Teatro Domingos Venturini / Fundação Cultural de Rio do Sul – Rua Ruy Barbosa, 204 – Budag

 

  • Blumenau

13/06 às 19h30 no Auditório Carlos Jardim / Rua XV de Novembro, 161 – Centro

METROPOLIS

“Metropolis”, de Fritz Lang (Ficção Científica – 150 min – 12 anos – Alemanha – 1927)

Sinopse: Metropolis, ano 2026. Os poderosos ficam na superfície, onde há o Jardim dos Prazeres, destinado aos filhos dos mestres. Os operários, em regime de escravidão, trabalham bem abaixo da superfície, na Cidade dos Trabalhadores. Esta poderosa cidade é governada por Jon Fredersen, um insensível capitalista cujo único filho, Freder, leva uma vida idílica, desfrutando dos maravilhosos jardins. Mas um dia Freder conhece Maria, a líder espiritual dos operários, que cuida dos filhos deles.

Trailer: https://vimeo.com/713368667/80136b2d9d

Curiosidades: “Metropolis” é um filme expressionista alemão de ficção científica dirigido por Fritz Lang e foi produzido na Alemanha, durante a República de Weimar. O filme foi produzido nos estúdios Babelsberg por Universum Film AG (UFA). É o filme mudo mais caro já produzido, custando aproximadamente US$ 15 milhões de dólares, ajustados para a moeda atual. Em 2008 encontrou-se na Argentina uma cópia do filme com 30 minutos a mais do que qualquer outra cópia.


TRILHA SONORA

A trilha para o filme “Metropolis” composta e executada ao vivo por Diogo de Haro, responsável pela direção musical, composição, piano e sintetizadores, e Johanna Hirschler, a cargo da voz, flauta transversal e contribuição na composição, permite imprimir uma renovação na apreciação do clássico de 1927, contextualizando as imagens na contemporaneidade de uma música de abrangência trans-estilistica constelada por elementos da música minimalista, do canto lírico, do neobarroco, do industrial, do pós-rock, do Techno, do free jazz, da eletroacústica além de várias linguagens de improvisação livre.

Ao operar um grande volume de maquinário eletrônico, sintetizadores analógicos, sequenciadores, geradores de drones e piano elétrico, a performance sonora e musical de Diogo de Haro evoca o ambiente e a experiência extenuante vivida pelo povo do subterrâneo, que trabalha nas grandes máquinas que alimentam e movimentam a cidade do futuro. Alternando entre sonoridades massivas orquestrais, minimalismos mântricos, improvisações organísticas religiosas, e a reiterada presença do piano elétrico em tensas improvisações jazzísticas ou etéreos ostinatos repletos de ecos e reverberações, o compositor alimenta a carga dramática do filme ao longo de suas 2h30 de duração. A cantora, flautista e compositora Johanna Hirschler, traz o elemento anímico, o afeto, ora humano, ora celestial, ora realçando a tensão “humano-máquina” com versatilidade em diversos tipos de vocalização que vai do canto lírico ao jazz, passando por efeitos eletrônicos, distorções e filtragens na flauta e na voz. Com essa rica paleta sonora, cada motivo, melodia e tema relaciona-se aos personagens e situações específicas contribuindo para compreensão e ressignificação da trama.


MÚSICOS:

Diogo de Haro – Direção musical, composição de trilha sonora, piano e sintetizadores
Pianista, compositor, produtor e sintesista, atua em performances de música eletrônica em espetáculos como o “Miragem” e o “Fantascópio” (2017-2019) combinando os sons do piano acústico, eletromecânico e sintetizadores analógicos. Seu álbum “Arcturus” lançado pelo selo The Sound of Space (2021) é a amostra mais recente de suas paletas sonoras. Também compôs trilhas sonoras para filmes. Entre alguns de seus trabalhos de destaque estão as execuções de trilhas sonoras ao vivo para cinema mudo – como o Metrópolis de Fritz Lang, desenvolvido em parceria com o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (2018).

Johanna Hirschler – Voz, flauta transversal e contribuição criativa na composição de trilha sonora
A cantora, compositora e flautista alemã Johanna Hirschler levou o seu debut de folk-jazz “Uaçá Semente” em turnê solo pela terra natal e seu novo lar no Brasil em 2018. Inspirado pelo sucesso da circulação, gravou ao vivo o Visual EP do mesmo nome, disco esse que lhe rendeu destaque na cena da capital catarinense com o concerto de lançamento “Uaçá” no Floripa Jazz em 2019. Sua voz e melodias dão vida ao humano, ao encontro e ao afeto na história de Metropolis.


O CINEMA, O FILME E A MÚSICA AO VIVO

O filme “Metropolis” de Fritz Lang foi produzido em uma época em que não havia meios técnicos de sincronizar sons com as imagens, sendo assim, os diálogos eram muito sintéticos e os textos narrativos eram reproduzidos em letreiros inseridos entre as ações do filme. A música por sua vez era executada ao vivo na sala de projeção do cinema.

Hoje usamos o termo “cinema mudo” ou “cinema silencioso” para nos referir à produção cinematográfica compreendida entre 1890 até o final da década de 1920. Este termo, entretanto, é impreciso pois nas exibições de filmes desta época, a presença do pianista ou organista de teatro ilustrando musicalmente as emoções da narrativa e dos diálogos era indispensável. O músico podia tanto executar partituras quanto improvisações que acompanhava incidentalmente as ações do filme. Assim, a música executada ao vivo durante as exibições fazia parte essencial da experiência do cinema mudo.

Com o advento da sincronização de imagem com som, e os filmes “falados”, os músicos de cinema foram sendo suplantados e mesmo os filmes mudos acabaram ganhando música gravada sincronizada com a película.

Em raros momentos de renascença do cinema mudo, festivais em cineclubes retomaram pontualmente a prática de execução musical em projeção de cinema mudo ao redor do mundo. Santa Catarina foi palco de dois destes momentos de renascença. Nos primeiros anos da década de 2000 o Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, liderado pelo lendário Gilberto Gerlach, promoveu diversas mostras e festivais de cinema mudo acompanhados ao piano pelo pianista Diogo de Haro sempre com casa cheia e intensa apreciação do público. Anos mais tarde, em 2018 o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina dirigido por Ana Ligia Becker causou grande frisson com o aclamado projeto “Cinema ao Vivo”, onde diversos grupos musicais do estado acompanharam diversos clássicos do cinema mudo. Deste projeto fez parte da programação o filme “Metropolis” de Fritz Lang com música de Diogo de Haro e Johanna Hirschler.

O projeto “A Máquina e o Humano – Música para o filme Metropolis” é um desenvolvimento e uma ampliação do trabalho realizado para o “Cinema ao Vivo” e se propõe a recuperar o poder desse grande clássico de comover, impressionar e sensibilizar o público contemporâneo, restabelecendo o costume de época de performar ao vivo a trilha musical do filme projetado. Com isso pretende-se aproximar o espectador não especializado de uma obra do cinema mudo por meio de uma trilha sonora atual, contemporânea, despertando o gosto pela história da sétima arte. Tal aspecto evidencia o benefício educacional do projeto bem como o potencial para formação de público e popularização da prática de cinema com música ao vivo. A demanda advinda dessa popularização também serve de gatilho para um efeito cascata impelindo o interesse de produtores a montagem de espetáculos como esse, envolvendo o imenso e diverso catálogo cinematográfico desta prática. Desta forma espera-se que “Metropolis” sirva de referência para ações de novos projetos.


ACESSIBILIDADE

As Legendas Simples transcrevem apenas os diálogos das personagens ou do narrador. Entregue em uma cópia do filme com a legenda impressa e as legendas separadas para salas de cinema, TVs, VOD, APPs e Internet.

As LSE – Legendas para Surdos e Ensurdecidos, ou legendas descritivas – transcrevem os diálogos e narração e também outros sons como música e efeitos importantes para a narrativa, e indicam as personagens que falam no início de cada cena, entre outros recursos. Entregue em uma cópia do filme com a legenda impressa e as legendas separadas para salas de cinema, TVs, VOD, APPs e Internet.

A Audiodescrição é um recurso em que um(a) narrador(a) qualificado descreve para o público cego ou com baixa visão as cenas do filme, necessárias para que ele seja plenamente compreendido e sem que a narração seja sobreposta às falas das personagens. A audiodescrição existe há mais de 40 anos e está baseada em estudos e pesquisas científicas sobre como as pessoas cegas ou com baixa visão compreendem imagens. É feita por profissionais formados e especializados e sempre com a consultoria de cegos.


EQUIPE:

  • Diogo de Haro – Criação e Concepção
  • Diogo de Haro e Johanna Hirschler – Execução Musical
  • Barbara Sturm – Produção executiva
  • André Gevaerd – Direção de produção, direção audiovisual e técnica
  • Pimentel Felipi – Assistente de produção, câmera e edição
  • Brianne Lee – Assistente de produção
  • Chico Faganello – Acessibilidade
  • Laila Gebhard – Design de Comunicação
  • Fliblio Ferrera – Difusão de som
  • Felipe Maliska – Produtor local
  • Santiago Asef – Fotografia still

 

APOIO

SANTA CECÍLIA Prefeitura de Santa Cecília / Sec. de Educação e Cultura – FRAIBURGO Prefeitura de Fraiburgo / Câmara Municipal de Fraiburgo – CAPINZAL Unoesc – JOAÇABA Prefeitura de Joaçaba / Secretaria de Comunicação, Cultura, Turismo e Eventos / Sociedade de Cultura Artística de Joaçaba e Herval d’Oeste / Teatro Alfredo Sigwalt – CONCÓRDIA Prefeitura de Concórdia / Fundação de Cultura de Concórdia / Casa da Cultura / IFC Concórdia / CGE – CAÇADOR Prefeitura de Caçador / Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo / Casa da Cultura – TREZE TÍLIAS Prefeitura de Treze Tílias / Secretaria de Cultura e Esporte / Centro de Eventos Maria Talher Moser – VIDEIRA Prefeitura de Videira / Secretaria de Turismo e Cultura Municipal de Videira / Centro Eventos Vitória – RIO DO SUL Prefeitura de Rio do Sul / Fundação Cultural de Rio do Sul / Teatro Domingos Venturini – BLUMENAU Prefeitura de Blumenau / Fundação Cultural de Blumenau

 

REALIZAÇÃO

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DA CULTURA – SC (IDC) APRESENTA

Responsável – Comunica / Produção – Cineramabc / Comunicação – Arthousebc e Laila Gebhard / Difusão Sonora – Virtuose / Acessibilidade – Filmesquevoam

INFORMAÇÕES 

Entrada: Gratuita e sujeita a lotação dos espaços

Email: contato@arthousebc.com

Telefone: (47) 3065 2784