A MÚSICA DE PAULO MOURA GANHA ÁLBUM FONOGRÁFICO ATRAVÉS DE PATROCÍNIO DA LICBC 2021

O acesso é gratuito e o lançamento digital dá acesso as músicas, fotografias e outras informações sobre o projeto.

O Som de Paulo Moura por Músicos Catarinenses

A produção de “O Som de Paulo Moura por Músicos Catarinenses” é produto da iniciativa transmídia “Paulo Moura – Uma Vida em Contrastes”, que apresenta o universo narrativo do músico, maestro, arranjador e compositor paulista, radicado no rio de janeiro. A obra renova diante do público contemporâneo, sua genialidade técnica e a marca inovadora de sua liderança estética no meio musical instrumental e orquestral, tornando-o referência na cultura brasileira mundo afora. Através do registro de seus arranjos sobre composições autorais e de obras de compositores que marcaram sua trajetória durante 60 anos de carreira internacional, daremos a ver a redefinição que foi forjada por Paulo Moura sobre o que vem a ser raiz sofisticada na música popular brasileira.

“… quando estou fazendo uma coisa e sinto que aquilo não é vulgar ou ainda não foi feito por outros ou não é o caminho mais comum, eu fico meio estonteado, meio enfeitiçado…” Paulo Moura

O projeto é apresentado pela Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú através do patrocínio da LIC-BC 2021 realizado através da Fundação Cultural de Balneário Camboriú que contemplou a gravação, edição, mixagem e masterização das músicas que enriquece e intensifica a cada ano que passa o cenário musical catarinense. No caminho em busca a maior projeção e reconhecimento, nada mais adequado que a disseminação de seus músicos e arranjadores a partir de interpretação de uma lenda da miscigenação musical brasileira, o sempre genial Paulo Moura.

Bebê Kramer é um dos maiores acordeonistas do mundo, foi um dos “batutas” de Paulo Moura, assina a direção musical, arranjos e acordeon, e reuniu músicos como Rubens Azevedo no sax tenor e flauta, Alexandre Vicente no contrabaixo, Gabriel Vieira no violino, Evandro Hasse no trombone e trompete, Josias Pimentel na guitarra e violão e Willian Goe na bateria, que executaram as músicas durante a gravação.

“Sempre fui fã do Paulo Moura e o conheci Paulo Moura em um show em Florianópolis. Lembro que o Paulo disse ”Ah, você que é o Bebê? O Gabriel Grossi me falou muito de você”. Afirma Bebê Kramer, que pouco tempo depois foi morar no Rio de Janeiro onde acompanhou de perto os ensaios de um novo trabalho que Paulo Moura estava preparando. O contato entre os músicos acabou resultando em turnês internacionais – Bailes, eventos, shows, festivais e muitos quilômetros rodados. “O Paulo Moura se tornou um grande amigo, vivemos um período muito bom na casa que dividia com Gabriel Grossi e isso permitiu um mergulho na obra e forma musical de Paulo Moura, além de suas referências. Essa proximidade se tornou essencial para a direção musical de “O Som de Paulo Moura Por Músicos Catarinenses” que propõe revisitar a obra e suas influências permanentes em sua carreira. “Os músicos irão formar um grupo no clima da gafieira, que também introduz elementos inusitados como o violino, que tenho certeza que seria uma inovação aprovado por Paulo Moura, e também sugerida por Halina Grynberg.” Diz Bebê – “Um releitura do universo do Paulo Moura no contexto da Gafieira e um verdadeiro renascimento de uma época da música brasileira.”. A gafieira para este maestro era o lugar de encontro de tendências musicais múltiplas, um palco para a experimentação de sonoridades, ritmos e formas musicais em construção

“Paulo Moura durante os sessenta e cinco anos de vida profissional, foi clarinetista e saxofonista, arranjador, maestro, compositor popular e sinfônico viveu o espírito de sua época (1932-2010) sempre alguns passos a frente. Criou duos, trios, quartetos, heptetos, pequenas orquestras populares, bandas de jazz e reinventou o som da gafieira. Caminhando entre a rítmica africana e a vanguarda americana e europeia, desenhou novas formas sonoras, tornando nossa alma mais brasileira.” (de Instituto Paulo Moura)

Alessandro ``Bebê`` Kramer
direção musical e acordeon
Alessandro “Bebe” Kramer é considerado um dos maiores acordeonistas do Brasil na atualidade e é um dos nomes mais significativos da nova geração de acordeonistas também no exterior. Como compositor, BB apresenta uma estética musical inovadora, na qual traz a expressão de sua fonte inicial, o Rio Grande do Sul, com a junção de outros sotaques, sempre tendo como característica principal sua forte energia ao tocar. O começo da sua carreira como músico profissional, aconteceu ainda na adolescência, e ganhou força quando escolheu a cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, para ser o palco do seu crescimento musical, vindo a tocar com músicos altamente conceituados, como Guinha Ramires, Alegre Correa, Toninho Horta e Arismar do Espírito Santo. Ao longo da sua carreira, Kramer já gravou e tocou com grandes artistas da música Brasileira e mundial, e participou de diversas turnês com Paulo Moura, com quem teve fortes laços de amizade.

Rubens ``Rubão`` Azevedo
sax tenor e flauta

Rubão, como é conhecido, é cidadão de Balneário Camboriú há mais de 35 anos, onde reside com a família no bairro das Nações. Começou tocando saxofone como autodidata na década de 80. Tocou com grandes instrumentistas como Bocatto e muitos outros. Atualmente participa da gravação de CDs de artistas locais e atua como músico contratado em estúdios de música.

Gabriel Vieira
violino

Gabriel Vieira, multi-instrumentista, iniciou seus estudos em música aos 5 anos de idade. Autodidata, seu primeiro instrumento foi o violão. Logo após aos 7 anos de idade, ingressou na Escola de Música Villa Lobos – Casa da Cultura em Joinville – SC. Em 2015 foi convidado pelo guitarrista de Jazz Manouche Mauro Albert a ingressar em seu quarteto. Foi convidado pelo músico Carlinhos Antunes (SP), para gravar o disco Sobre Todas as Cordas com a Orquestra Mundana em SP capital. Em novembro de 2017, tocou no Buenos Aires Jazz Festival. E em 2020, foi selecionado para o Edital Arte com Respiro, do Itaú Cultural e finalista no concurso Seifert Jazz Violin Competition.

Alexandre Vicente
contrabaixo

Contrabaixista há mais de duas décadas, atualmente desenvolve seu trabalho na música brasileira popular, jazz e música instrumental de Santa Catarina. Realizou gravações com músicos de reconhecimento internacional como Hermeto Pascoal, Nailor Proveta e Carlos Bala. Atuou em palcos com Arthur Maia, Itiberê Zwarg, Márcio Bahia, Marcelo Martins, Zé Nazário. Graduado em Licenciatura e Mestre em Música pela Universidade do Estado de Santa Catarina, onde pesquisou o conceito de africanidade nos arranjos e composições de Moacir Santos. Coordenou cursos de Pós-graduação em Educação musical e graduações em Música – Licenciatura e Bacharelado na Universidade do Vale do Itajaí.

Evandro Hasse
trombone e trompete

Começou a tocar trombone aos nove anos na Banda Municipal de Balneário Camboriú. Outros instrumentos despertaram sua curiosidade e passaram a ser objeto de estudo ainda na juventude. Hoje, ele toca trombone de vara, trompete, saxofone, flauta transversa e percussão. Evandro é professor do Conservatório de Música Popular Cidade Itajaí. Acompanha os artistas Arnou de Melo, Daniel Montero, Giana Cervi, Rafaello de Góes, Ricardo Pauletti, Ricardo Capraro e faz parte dos grupos itajaienses Samburá, Siriguidum, Trio Americanto, Onda Jazz e Itajazz.

Willian Goe
bateria

É Licenciado em Música, Bacharel em Bateria e Percussão e Pós Graduado em Educação Musical pela Universidade do Vale do Itajaí – Univali. É professor na Associação Proarte de Itajaí, ministrando aulas de bateria, percussão, violão, rítmica e prática de conjunto. Participa de shows e gravações com diferentes artistas e também em diversos festivais de música, como o Samsung E-Festival Instrumental (2018), ao lado do guitarrista campeão Mazin Silva e o Festival Seifert Competition (2020) com o violinista finalista Gabriel Vieira.

Josias Pimentel
violão e guitarra

A considerável bagagem musical e formação se deu por ser um frequentador assíduo de diversos festivais e cursos de música, onde teve contato direto em oficinas, master class e cursos com diversos renomados músicos.  É graduado em Licenciatura em Música (2019) pela UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí, com Honra ao Mérito e formado pelo Conservatório de Música Popular de Itajaí Carlinhos Niehues no curso de guitarra (2015) e no curso de violão (2019).

PAULO MOURA POR HALINA GRYNBERG:

“De algum lugar do futuro Paulo Moura acena para nós.

Enquanto aqui, emocionados, percorremos seus vestígios, alentos e escrituras pessoais. Atos suspensos de um silêncio que é apenas pausa. Porque um criador, feito a imagem semelhança da criação, ecoa para sempre e por toda a parte.

Paulo Moura respeitava a Música, maiúsculo dom a que se entregou todos os dias de uma vida profissional de sessenta e cinco anos. Queria o harpejar da brisa, o bole-bole das folhagens, cantos e contracantos da natureza e do cotidiano: as ondas do mar, o rugido da chaleira, a voz da gata, o som dos cães, o garfo arranhado contra o prato, a colher no líquido negro e intenso do café, um estalar de língua em céu da boca, o suspiro ao pousar a cabeça no travesseiro – tudo fazia som, tudo fazia parte da imensa composição que palpitava ao ritmo de seu coração em busca do sublime. No saxofone ou na clarineta, regendo ou ensaiando orquestras, inventando duos, trios, quartetos, heptetos , múltiplas configurações de sua arte, observando o bailado dos pares na gafieira, cumpria uma dívida de honra. Cabia-lhe retribuir à vida o apuro de seu ouvido universal, capaz de identificar intervalos de tons e semitons sem apoio de referências. Escutava, reconhecia, traduzia, criava. Compartia. Assim simplesmente como quem respira, brindou-nos com a magia de seu sopro. Peculiar, próprio, único.

Paulo Moura nasceu em São José do Rio Preto no interior de São Paulo, 15 julho 1932. Viveu no Rio de Janeiro a partir da década de 1945. Fez música e parte da arte musical mundo afora E faleceu em 12 de julho de 2010. Enquanto nós, aqui e de passagem, comovidos, deslizamos e entrevemos seu universo particular, o enlace consistente e generoso da sua vida com a sonoridade que deixou entre nós. Encarnado em memórias, partituras e sons, longe do palco, mas ainda assim temos um gênio da arte musical brasileira, que não fazia distinção de qualidade entre popular e erudito, entre partituras e rimas de percussão, artista exalando alma em composições e arranjos, traços e contrapontos de uma vida plena que se fez sorriso em olhos azuis. Sorriso de menino, eternamente maravilhado.” Declara Halina Grynberg

SAIBA MAIS SOBRE PAULO MOURA:

“Como todo grande criador, Paulo Moura é múltiplo e único. Múltiplo, porque a abrangência de sua curiosidade infindável o levou a remover as camadas do que é supérfluo em cada momento da experiência cultural para dedicar-se a escavar a essência daquilo que denominava música. Alma da matéria, espírito, dom. Generoso e humilde. Transbordante e recatado. Mestre e discípulo. Preciso e emocional. Delicado e poderoso. Intérprete exuberante. Um fluxo de contrastes e cores.

Sua produção iniciou-se nos anos de ouro das rádios num Brasil onde Rio de Janeiro era capital, início da década de 1950. E as influências eram os grandes maestros populares e arranjadores que dividiam entre si tendências do jazz americano de Stan Kenton, Benny Goodman, Horace Silver, e o lirismo da tradição de regência orquestral italiana: Gnattali, Panicalli, Gaya. Ou a raiz de samba nas harmonias vibrantes de Cipó, Carioca, Fonfon, Zacarias. Aprendeu muito cedo a ensaiar os naipes de uma orquestra até alcançar o apuro máximo dos timbres e das vozes. E isto você há de encontrar aqui. Os escritos, pensamentos, recortes, anotações, partituras, cifras, harmonias e melodias de um grande criador e arranjador popular. E que refundou os alicerces de grandes criadores populares como K-Ximbinho, Pixinguinha, Caymmi, Cartola, Ataulfo Alves para as gerações que os sucederam.

Quando pisava os palcos do mundo sua presença era luz. O centro do palco, um púlpito. Seu trabalho em cena, a consumação de um ritual. Cada detalhe previsto, tecnicamente apurado, roteiros e sequências de temas impecáveis que tinham o espaço para o som e a comunicação com o público. Não tocava para si, ofertava sua música para os outros, como quem comparte o pão. E os extratos que demonstram este cuidadoso preparo você há de reconhecer aqui.

Em Paulo Moura, o compositor também se desenhou entre contrastes. Na base das tradições afro-brasileiras, no desenvolvimento, a música erudita e suas formas: concertos, fantasias, clássicas, óperas e balés desde que esteve mergulhado e por quase vinte anos, quando ocupou a cadeira de primeiro clarinetista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. É a forma erudita o que seduziu os arroubos rítmicos de um homem mulato de olhos azuis. Os temas sinfônicos que redigiu, com solos para percussão popular, sax alto ou vozes infantis são refinados com os dos grandes compositores que cultuava. Beethoven, Boulez, Mozart, Stravinsky, Debussy, Villa-Lobos, Hindemith, Schoenberg, Webern.

As canções populares, dançantes ou melancólicas como se fossem para as gafieiras, desdobram-se em belíssimas harmonias, esparramando sons de blues, carimbó, choro, samba, maxixe, valsa, forró – e sempre retornando a Pixinguinha e Tom Jobim. As trilhas sonoras para filmes, os esboços para coreografias modernas, vídeos, documentos e fotos pessoais e de carreira. Tudo isto está à sua espera.” (de Instituto Paulo Moura)

SAIBA MAIS SOBRE O MÉTODO DE GRAVAÇÃO DO ÁLBUM:

Barbara Sturm
produção

Atua no mercado de produção e comercialização de filmes desde 2007. Formada pela AIC e com pós-graduação em Mobilização Digital, participou dos programas internacionais de especialização em curadoria como CICAE Training, do Festival de Veneza e Berlinale Talent Campus, do Festival Internacional de Cinema de Berlim. Atuou como programadora do Cine Belas Artes, como diretora de aquisições da distribuidora Pandora Filmes, responsável pela aquisição e estratégia de lançamento no Brasil de 34 filmes brasileiros e internacionais.

André Gevaerd
direção de produção

Graduado em Comunicação Social com ênfase em Cinema pela FAAP, mestrando em Comunicação pela UNIP, fundador da produtora Cineramabc e diretor do Festival Internacional de Cinema em Balneário Camboriú. É profissional da indústria há mais de 15 anos e trabalha como produtor, diretor e montador de filmes e de eventos musicais realizados em diversos locais e também na casa que dirige, Arthousebc. Participou do Producer’s Network do Festival de Cannes na França em 2011, 2012 e 2013 e foi selecionado para o Berlinale Talent’s na Alemanha em 2012.

Gabriel Vieira
produção musical

Paralelo à carreira de violinista, Gabriel também é produtor musical e já gravou mais de 30 discos, incluindo o grupo madrileño “Sonífera Isla”, e o guitarrista de flamenco também de Madrid, Fernando de La Rua. Em Madrid, também ministrou workshops de violino popular brasileiro, na “Escuela Creativa de Música”.

Brianne Lee
fotografia still

Fotógrafa analógica a mais de 10 anos, desenvolve trabalhos comerciais e autorais os quais já foram exibidos e comercializados em território nacional e internacional. Produziu capas de vinil, CDs, álbuns digitais e livros, além de ter sido selecionada como imagem de capa para exposições regionais onde participou na região do Vale do Itajaí. Atualmente é representante da Câmara setorial de Artes Visuais e Vice-Presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Balneário Camboriú onde promove a comunicação entre instituição municipal e classe artística de forma voluntária.

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redator

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design e mídias sociais

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assistência de produção

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Allbatroz Contabilidade
contadoria

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Funcionamento: Segunda à Domingo / 08:00h as 20:00h / Devido a restrições relacionadas ao Covid-19 estamos trabalhando em dias e horários por demanda.

Email: arthousebc@arthousebc.com

WhatsApp: (47) 99112-8890.

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